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2024: o ano que o PSOL-GO deveria esquecer?

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  • 12 de fev.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de fev.

Por Everaldo Leite, economista e membro do PSOL-Goiânia


Deveria, porém, não esquecerá, já digo. Pois, as probabilidades de continuar repetindo sua péssima performance política e eleitoral são enormes, estendendo 2024 indefinidamente. Mostrou, nesse ano, que continua sendo um penduricalho do PT, aliás, um badalo acrítico e sem estratégia própria, seja em qualquer prazo possível. Seus líderes ou suas líderes provaram que o partido é pequeno, mas, não pelo número de filiados, e sim pela pequenez de visão, pela menoridade intelectual, e pela minúscula e grotesca política que faz internamente. Se é que podemos chamar isso de política.


Evidentemente, a desorganização interna, que poderia ser tema de dissertação de mestrado em Ciência Política, somada a uma “guerra” entre tendências que “administram” a Executiva Estadual, embolora todas as alternativas de êxito político e eleitoral. Na verdade, o resultado das eleições municipais provaram que o partido está em colapso, que suas lideranças, apesar de defender pautas coletivas, são monopolistas do pequeno poder que exercem, que seus poucos quadros não conseguem incorporar as demandas reais da sociedade onde vivem, e que os caprichos idiossincráticos têm valido mais que a busca por resultados relevantes.


Não por acaso, há uma inclinação à debandada de filiados em todo o Estado de Goiás, que encolherá o PSOL ainda mais, se isso é possível. Em Anápolis, por exemplo, um quadro em formação entendeu que seria melhor ir para o PSD, que o acolheu prontamente. Ora, sem acesso a qualquer estratégia, sem ver transparência alguma nas decisões da Executiva, sem ter estrutura mínima para onde convergir suas ideias e suas posições, há mesmo uma preferência por algo que se mostre mais concreto. O PSOL-GO, na prática, não é muito mais do que uma abstração que vaga como um fantasma na cabeça de seus filiados e militantes. O certo é que não há pretensão evidente, que dê sentido a uma mudança nesse estado de coisas.


Embaixo do guarda-chuva dessa abstração partidária se encontram várias tendências, que se agrupam como se fossem sociedades secretas, à guisa de jogarem um xadrez esquizofrênico. No imaginário da luta intestina, derruba-se peões e rainhas todos os dias. Externamente, a sua luta é inexpressiva e errática, mesmo entre públicos progressistas. Sem estratégia, sem planejamento, sem objetivos consistentes, vamos reproduzindo a mesma desordem do dia de ontem. De qualquer ponto de vista, o PSOL-GO vive a tragédia dos comuns, quando o pouco que se tem de efetivo é exaurido rapidamente para o benefício de duas ou três pessoas. Não obstante, nem mesmo as boas ideias que surgem escapam do sufocamento advindo dessa ordem caótica. Sob as asas das tendências, ainda, explodem interesses de grupos específicos que passam ao largo da luta moderna de classes.


Por tudo isso e muito mais, o ano de 2024 será o ano interminável, o ano que se repetirá em “looping” tedioso, incontornável e eternizado pela esperança daquele estranho dia, que nunca chega.

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